quarta-feira, 23 de julho de 2008

FOI ASSIM... A LUZ APAGOU...
De como eu vi o dark knight do Batman

Batman rides again, igualzinho o Celacanto.
Dizem :”todos estão muito bem no filme” – eu estava melhor, na platéia. Ora, se...

O bacana do Batman é o Coringa.

Batman vive às custas do brilho do Coringa há mais de 5.000 anos, quando Brucutu matava dinossauro no tapa.

Este último Batman – Christian Bale - tem cara e jeitão de executivo mal executado; preocupadíssimo em não amassar o terno.
Ele é a reencarnação tringuilim do Peter Cushing (o Sherlock Holmes,ô childrens), e está bem melhor num filme suavemente digerível – O Ilusionista (locadoras) - também com o Michel Caine.
Batman bobíssimo. Porém faz pendant (ai ai) com o transbordante Coringa.

Rachel, a mocinha do Batman - Maggie Gyllenhaal - boa atriz, aproveitada já agora nesse blockbuster, passou o tempo todo do filme apertada pra um xixi – reparem no jeito dela andar. Também naquele frege e na hamletiana dúvida “este ou não este”. Ah sei lá! Acabou morrendo pra largar mão de se meter com homens complicados. Não sei se chegou a fazer xixi.

Aquele lourinho (o two faces) só apareceu para fazer história.

Gary Oldman, o “poliça”, é o melhor – perfeito, completo sem escorrer uma gota. Ator de corpo inteiro. E inglês. Quer mais ô quê, esfomeada?

Michel Caine só aparece pra exibir sua excelência - e a platéia prende a respiração. Ingleses são magníficos atores. Tudo começou com Chaplin!

Heath Ledge, The Joker, caprichou nas caras, bocas e vozes. Um trabalho e tanto. Coringa irado e mudernu, à la Kurt Cobaine (homenageando outro falecido), personagem que na criação de Bob Kane (desenho) e Bill Finger (história) não era bem assim. Há releitura para tudo...

Breve mas sempre bem vinda aparição do especialíssimo irlandês de tradicional nome gaélico - Killian ou Cillian Murphy. Lindo! Mais um da United Kingdom e ator pra sala cheia. Tentem nas locadoras Breakfast on Pluto que por feliz acaso tem o título fielmente traduzido em português - Café da manhã em Plutão. Excelente, mas somente para pessoas com an exquisite taste.
Cillian é a versão sórdido-infantil do Jude Law. Se fosse 50 anos mais nova ficava com os dois, para usos distintos. Ora se...
Vocês não vão acreditar, mas 50 anos fazem alguma diferença.

Não me perdoaria se esquecesse a música incidental de Hans Zimmer – para mim um erudito – que deu melodia aos filmes Rei Leão, Gladiador, Piratas do Caribe, Código Da Vinci, Madagascar, Urso Panda e, juro!, The Simpsons O Filme. Outros mais.
Hans Zimmer, autodidata, alemão no nome e na ação, não perde o vôo para o sucesso.

Apesar da história ser bobona o texto está excelente. Como pode?
Historinha de gibi, com peripécias metabólicas totalmente impossíveis, e até personagem gibiscamente desfigurado. Valeu.


Quem me parece estar mais próximo do Coringa original é o interpretado por Jack Nicholson que, sem esforço e sem fadiga, já é diabólico no sorriso e no olhar. Ator excelente, brincou confortável e infantilmente em ser mau.
O Joker é a maldade que leva do riso à dor.
Li muito Gibi, então, por conhecimento/nostalgia o meu Joker é o Nicholson. E também porque é um dos meus namorados flutuantes.
Quem sofrer de SPI ou Síndrome de Pesquisa Inútil que reveja o Batman dos anos 80, com Jack de Joker papando a todos (sem beijo na boca),
Denis Quaid maravilhoso com aqueles olhos de esquizo (Batman era).
A estupenda e emblemática música de Prince.
Sem esquecer, jamais!, os gritos histéricos da Kim Bassinger – a mais simpática e divertida Rachel e que não perdia a hora do xixi.

Gostei do The Dark Night. Me diverti no cinema, então valeu. Pra mim, cinema é antes de tudo diversão. Sendo arte, melhor.

Nenhum comentário: